segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Uns sujeitos chamado Maurício.

 
 
 
Tudo começou no dia em que eu nasci (na verdade, começou mesmo quando meu pai deixou cair coca-cola na minha mãe em um churrasco há séculos atrás). Quando o médico foi dar o tapinha eu já olhei para ele e falei, "aqui não rapá", porque eu podia ser recém nascido, mas já sabia que não ia deixar um cara dar um tapa na minha bunda, ainda mais na frente da minha mãe. Sempre demonstrei uma veia artística, tanto que ainda no maternal tive minha estréia nos palcos da vida cantando "vou pintar um arco-íris", by Xuxa Meneghel, e fiz todo mundo pedir bis. Com 6 anos, descobri o que era música de qualidade: no meu quarto só rolava sonzera clássica como Balão Mágico, Trem da Alegria e Mara Maravilha. Tecnicamente falando, ainda no jardim de infância mostrei a minha capacidade de gerar resultados em pouquíssimo tempo: produzia desenhos em série. A mesma mancha disforme, só mudava a cor. Se for pensar bem, é o que começaram a fazer logo depois com os carros populares. Produção em série, mesmo interior, novo design. Vanguardista, eu sempre fui. Já no ginásio eu era aquele cara palhaço, com boas notas (sem estudar, porque estudando muito não se tem mérito nenhum), bonito e amigável, também. Não digo simpático, porque simpático, simpático mesmo, nenhum cara bonito é. Mas aí, no colegial, eu cresci, mudei e a porca foi para o brejo de vez. Fiquei menos inteligente e mais bonito. Mas o tipo bom de bonito (olha, eu sempre tive noção das coisas, tá?). De resto? Ah, não tem muito mais. Estou terminando a faculdade de administração e trabalho na empresa júnior. Pretendo trabalhar, quando eu tiver que trabalhar de verdade, no mercado financeiro. Gosto também de participar de ações sociais, sabe? Minha mãe sempre foi voluntária na AACC, desde jovem. E eu? -- bom, eu gosto de causas que envolvam o meio ambiente e o consumo consciente. Acho que as pessoas deveriam se inteirar, aprender mais sobre o conceito de sustentabilidade, entende? Fora isso, deixa eu ver, tenho uma namorada gente fina e uma Range Rover Sport blindada. Nasci corintiano, o que é uma vergonha para mim, mas meu pai me fez são paulino. Sou tricolor desde então (obrigado, pai!). Moro no Jardins e sou gente boa. Não gosto de violência, não, mas acho que, em casos extremos, ela até que resolve as coisas, traz ordem ao caos. No geral, sou feliz. Amo a minha namorada, os meus amigos e o meu cachorro, o Farofa. Não acredito em Deus, só em energia positiva. Tento ser uma versão melhor de mim a cada dia. Uma vez me disseram que quem pensa baixo é quem olha para o chão, então toda manhã eu ergo a cabeça para pensar grande. Se não for genial, eu sou medíocre. Parece que não, mas cobro muito de mim, porque sei que posso chegar longe. Além de tudo, quero ser bom no trabalho, bom com os outros, bom na vida. Acho que é isso. Está bom? Ah, meu nome completo? Maurício Aranttes do Nascimento Júnior. Aranttes, com dois tês. Isso. De nada, o prazer foi meu. Quando quiser, aparece lá na atlética. Outro para você. Até mais.

Um comentário:

  1. Por alguns parágrafos eu achei que vc estivesse falando de vc, amiga.

    Fiquei aliviada quando percebi que não! =o)

    ResponderExcluir