segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pior post do mundo: Reynaldo Blinder.


 
Vou assumir, que ele não assume: ontem eu vi o Gianeca na Marília Gabriela. Vem cá, e precisava? Não, não estou falando sobre eu assistir à entrevista. Que isso não precisava mesmo. Recaída televisiva de um domingo à noite. Estou falando disso, de conversar com a ex, em rede nacional, chamando pelo apelido carinhoso? Over, Marília, way over. Desencana do cara e chama mais o Luan Santana, o Zézé, a Xuxa. Esse pessoal de qualidade, sabe? Que aceita ser içado para fingir que voa no meio do show carioca, que alcança notas que só os cachorros ouvem, que vê duende. Respectivamente.

Olha, juro que não acompanho esses assuntos, que problema eu já tenho por demais para comover com o dos outros, mas diz que o Reynaldo sofreu um golpe do presário dele, como diria a nossa querida e falecida Leila Lopes. Nota: quem ainda não viu, favor ver No Limite da Morte, no Youtube. É um daqueles vídeos life changing. Que depois de assistir, você vai se sentir duas coisas (antagônicas): um lixo, por ter achado graça daquela merda, e sensacional, por ter certa sanidade mental. Se bem que agora não é mais tão engraçado, que o limite não é mais limite já que a Leila resolveu ultrapassar e ir para o outro lado. Sugiro que o sujeito que postou o vídeo renomeie para No Limite do Além (The Crossover), ou In Memorian. [Se você assistir ao vídeo depois de ler esse parágrafo, parabéns, você é oficialmente um freak. Favor parar de ler o Blog].

Voltando para o Giane e o golpe, cá para nós, Gianeca, doou a cobertura por quê? Porque quis, não foi? O ferro é justo, então. Está na cara do sujeito-ex-maquiador que de homem e presário ele não tem nada. Presário-panetone, só se for. Muita fruta e pouca massa (encefálica). Bom, se bem que mais massa que o Giane, nego provou que tem. A parte das frutas, só eles é que sabem. E viva o presário do Gianeca! Que não é fácil ser mais Fred que o próprio Fred.

Apesar de os dois serem gostosos, a verdade é que eu não tenho nada a ver com o Giane, nem com panetone. Escrevi hoje que é para falar da amenidade da amenidade, e esse post não vai sair disso. Nenhuma conclusão relevantezinha sequer.

Não. Não falaremos sobre o caos em forma de neve na Europa, ou dos filmes indicados ao Globo de Ouro. O que eu quero mesmo, de metade de post, é protestar o Manhattan Connection de ontem, apocalíptico: o Mainardi e o Caio condenando os narcisos virtuais, e o Pedro dizendo que odeia a Cher. Hein? Rebobinem, por favor. Não entendo isso de escrever de graça, e achar que as pessoas querem ler a sua opinião. Verdade, Diogo, elas só querem ler a sua. Verdade mesmo, Pedro, é que Cher e Cristina Aguilera juntas, não precisa nem assitir para saber que é Burlesque. Menos na acepção cômico-burlesco e mais na ridículo-burlesco, mesmo. Se bem que N’sync também era ridículo, não era não? Mas esse o Pedro conferiu.

Agora chega, que se não vou sonhar com o Giane com corpo de Giane e cara de Caio Blinder. E trejeitos da Cher. Aí, bom, aí o bicho vai pegar. (Ou melhor, o bicho não. Entre os três, quem pega, pega mesmo, deve ser a Cher).

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sumô Passenger.



Descobri, no meu último trajeto São Paulo-Campo Grande, que viajar de avião é meio que uma loteria. Mas uma loteria sacana: ou você ganha, ou se ferra. E se ferra bonito.

Pelas minhas estatísticas sem qualquer critério, presumo que, em cada vôo e considerando 100% dos passageiros, 70% deles ganhem nessa loteria aérea. E, bom, os outros 30%, a gente já sabe o que acontece com eles. Si-fú. Explico.

Pode notar. Tem vôo que é simples, rápido e cômodo. Mal você pisa no aeroporto, embarca, acomoda a sua malinha, senta do lado de um sujeito agradabilíssimo, e pronto. Quando vê, chegou na cidade-destino, sem fio de cabelo fora do lugar. Importante dizer que o conceito de agradabilíssimo em aviões é diferente daquele dos dicionários: para que um sujeito o seja, basta ocupar pouco espaço, não ter nenhum odor estranho, não fazer qualquer tentativa de engajar uma conversa e, claro, ao aceitar o serviço de bordo, comer silenciosa e educadamente. Ah, e jamais aceitar as balinhas da TAM, jamais. No máximo, guardar para depois. Que ninguém no mundo deveria ser obrigado a ouvir o barulho alheio da mastigação árdua daquela butter-toffee. Ninguém.

Bom, ocorre que o parágrafo acima acontece com os 70% dos passageiros vencedores. Vamos ao que acontece com os que si-fú. O parágrafo desses caras não é assim, tão curto. Nem o vôo.

É que o sujeito chega e a onda de azar aéreo começa lá no começo, no check-in. Fila gigante, daquelas que parece que anda, mas não. Meia hora depois, o sujeito é o primeiro da fila. Acontece que todos os guichês estão ocupados com as pessoas mais retardadas da cidade, que ou não sabem em que vôo estão, ou esqueceram o RG, ou decidiram lutar com unhas e dentes por um lugar no corredor, porque janela é impossível, moça, que eu tenho um problema urinário e preciso usar o toalete a toda hora. E tudo isso faltando três minutos para o embarque. Aí o coitado do sujeito, feito o check-in, vai para o portão de embarque, senta, e abre um livro. Ou um notebook, depende do sujeito. E atenção, clientes TAM do vôo 6132 para o Rio de Janeiro, por motivos de reposicionamento da aeronave (...). Lá vai o sujeito atrás do novo portão de embarque. Chegando lá, não tem lugar para sentar. Os portões vizinhos estão lotados daquela gente mal-educada, que parece que, quando viaja, viaja com a família toda de cerca de 20 pessoas, e com malas gigantes ainda mais mal-educadas, de vontade própria. Meu senhor, mas o que é que o senhor tem aí dentro, um gorila? Uma vez um amigo meu jurou que uma senhora estava levando uma das filhas na mala. Eu chutei que era um periquito, que criança não fazia aquele barulho, mas nunca soubemos com certeza.

Daí que o sujeito finalmente embarca, depois de uma fila de mais de 20 minutos, que todo mundo hoje em dia é preferencial. Tem até homem que é capaz de dizer que está grávido. E tem comissário, daqueles delicadinhos, que é capaz que acredita. O importante é que o sujeito chega no avião e, educado que é, rapidamente encontra a poltrona, acomoda a bagagem de mão e aperta o cinto, achando, de verdade, que o martírio chegou ao fim. Não, colega. Esses dois parágrafos só contaram o Si. Falta a parte do .

O sujeito não-premiado senta, e é claro, do lado de um outro sujeito que, diferente do sujeito vizinho do sujeito premiado, não tem nada, nadinha de agradável. Muito pelo contrário. É, geralmente, uma senhora-obesa-mórbida, que não sabe fazer outra coisa que não reclamar da falta de espaço entre poltronas. É, a poltrona é que é pequena, minha senhora. E olha que essa senhora deve ter contribuído para o atraso do embarque, porque, e não tenha dúvida, subiu guinchada. Ou então aquele tiozinho que veio lá do Recife, e, ai, meu padin-padicícero, nunca viajei nesse negócio que voa não, seu moço! Tenha a certeza de que ele também atrasou o embarque, porque entrou no avião abismado com o tamanho daquilo, e ficou alguns minutos para descobrir onde é que estava a tal da poltrona 14B. Além desses, o sujeito não-premiado pode ter outros mais variados tipos de vizinhos-de-vôo. Tem a bancária que não para de falar. Tem a mãe com neném de colo, que, eventualmente, vai gorfar no coitado do sujeito. Tem o chinês com cheiro de cebola. Tem o árabe que repete cinco vezes o lanche que é para cobrir o preço da passagem. Entre outros. [Trouxe duas nacionalidades que é para o post ficar preconceito-free. Queria ter adicionado um judeu, mas não rolou].

A verdade é que o sujeito não-premiado está condenado. Cada minuto do vôo doméstico vai parecer multiplicado por cinco. E os comissários de bordo, alienígenas enviados para acabar com a vida na Terra, ou vigaristas assassinos mancomunados num complô. Contra o sujeito e aos olhos dele, é claro.

E é isso aí. Enquanto isso, os demais 70% dormem, lêem, escrevem, conversam. Ouvem Ipod. Brincam com o Ipad. E quem disse que a vida é justa? Não adianta mudar de companhia aérea, determinar um padrão de poltronas, definir horários específicos. É loteria, colega. Hora ou outra, você vai ser o sujeito do lado da gorda. Não há nada que se possa fazer.

De fim de post, outro apelo: Seu Líbano, faz favor de vetar a butter-toffee e colocar uma daquelas balas de hortelã no lugar, por gentileza. Menos barulho e hálito fresh. Grata.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Post a cabo.



Ontem cheguei em casa mais cedo e fui ver um pouco de TV, o que raramente faço, já que 5 minutos no sofá depois de um dia de trabalho são suficientes para que eu caia em um sono profundo que dura, geralmente, até a metade da madrugada.

Pois que ontem me ajeitei no sofá e comecei a zipar o controle, procurando algo light e divertido. Ou só light. House, repetido. Dexter, dublado. Two and a Half Men, pela centésima vez. Futebol. Roda de discussão futebolística. NFL. O Vestido Ideal. Operação casamento. Recém-casados, recém brigados. Bridezilla. Oh, God.

Foi então que cheguei à conclusão de que existem, hoje em dia, blocos de programação na TV fechada, e eles podem ser divididos, basicamente, como são os gêneros sexuais. Homens. Mulheres. We do it both ways.

Vejamos: tem tudo o que é esporte, reprise de tudo quanto é esporte e mesa redonda de tudo quanto é esporte. Programação sem fim, para os Homens, presuma-se. Com Agá maiúsculo. Que tem homem com agázinho que prefere ver Esquadrão da Moda. Nada contra. Ou então para aquelas mulheres, é, digamos assim, diferentes. Que, convenhamos, mulher que é mulher, ainda que curta futebol ou outros esportes quaisquer, não fica reprisando aquilo incessantemente, dando rewind nas cagadas do jogo do timão de mais de mês atrás, que é para ver se estava impedido, amor!, ou brincando de técnico-fuxiqueiro com os amigos, fulano deveria entrar, não, sicrano deveria sair, e o Richarlyson já deu para o Dagoberto. Isso porque, permita-me dizer, mulher é inteligente, e sabe que de leite derramado não sai nata. Nem gol.

Aí tem o bloco das mulherzinhas. O diminutivo é importante nesse caso, porque, e vale dizer, esses programas foram inteiramente produzidos para aquelas mocinhas delicadas (se não de aparência, de alma, que dizem por aí que gorda também pode ser graciosa), que nasceram sonhando com o príncipe encantado e com o dia do tal do casório. São cerca de dez shows dedicados inteiramente àquela cafonice de véu para cá, enfeite de mesa para lá, e vestido lilás da madrinha obesa para todos os cantos. O que soma um total de 200 mil dólares. Hein? Se eu tivesse esse dinheiro, descasava. Ou casava baratinho, só para descasar e terminar solteira, com 200 mil dólares e mais a minha meação. Dava para ficar casando e descasando até ficar multimilionária. Além das mulherzinhas, no diminutivo, esse bloco foi feito também para os homens com agázinho. Fora a parte do véu. De resto, eles aproveitam quase tudo.

O terceiro e último bloco é o que gosto de chamar de bloco-bi. Genericamente composto de séries e telejornais. Todo o mundo vê, todo o mundo gosta. Os Homens de Agá maiúsculo, as mulherzinhas de diminutivo, as meio-mulher-meio-homem,  os homens com agázinho, e outras variações mil. Até a minha cachorra parece relaxar ao som da voz do Charlie Harper. Meu pai, por exemplo, adora o House. E quem é que não ri do Sheldon Cooper? Só a minha cachorra. E meu pai. Se bem que nem precisa rir, que essas séries de hoje em dia são para telespectador bi e preguiçoso: vêm com aqueles risos embutidos que é para a gente nem se dar ao trabalho. [Créditos ao tio Zé e ao sobrinho, intermediário e amigo].

Bom, para dizer a verdade, de fim de post, queria mesmo é fazer um apelo: NET, dá um jeito no pacote tele-cine, faz favor. Que eu não agüento mais ver Crepúsculo. Grata.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Post-de-minuto: República da Gambiarra do Brasil


 Ele é humilde.




Ele é espirituoso.



 Ele sabe dividir.



 Ele ensina para os melhores.

  
 Ele faz todo mundo feliz.



Ele sempre dá um jeitinho.



Viva o Lula.