quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2 e um post meio esquisito.



Depois que assisti Tropa de Elite 2 no cinema, voltei para casa tensa. Cheguei, peguei uma coca zero e liguei a TV, ainda tensa. Pelo Capitão Nascimento, é claro. É por isso. Preparei o controle para mudar do programa do Jô. E quando é que foi que o Jô ficou tão chato? Parei na Warner. Quinta temporada de Friends. Perfeito. Logo durmo no sofá. Não, não é só por causa do Capitão Nascimento, coitado, lutando contra um sistema corrupto muito maior que ele, que tudo. Acho que é por conta da eleição presidencial, quase que aí. Da descrença que vem com ela. Peguei um cobertor e me ajeitei no sofá. No trajeto sala-quarto, comecei a pensar nos candidatos. No coitado do 06 que apagaram bem no meio do filme. No Aécio prometendo virar Minas Gerais. No professor de historia esquerdista que virou deputado e instituiu CPI. Em como a Dilma é feia. No ex-secretario de segurança pública tomando favela a mando do governador do Rio de Janeiro. No mensalão. Em como o Wagner Moura é charmoso e nenhum dos nossos dois candidatos, sozinhos, mudam coisa alguma. Na democracia. Em como o povo não sabe o que é democracia. Em como o nosso povo é ignorante. Em como eu sou ignorante. Em como a democracia não é, de verdade, quando reinam a ignorância e a lei dos interesses pessoais. A voz do Chandler Bing começou a parecer uma dessas amenidades indesculpáveis. Mudei de posição mais uma vez. Engraçado como esses filmes dão na gente uns relâmpagos imediatos de uma consciência semi-debiloide. É, não vou conseguir dormir tão cedo. Pensei em tomar um copo de leite. Coloquei a TV no National Geographic, que era para ver se, quem sabe e os lagartos africanos ajudassem, o sono vinha. [Que ele, mais cedo ou mais tarde, sempre vem, e aí, no dia seguinte, só assistindo Tropa de Elite 2 outra vez].

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