quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Trocadalho do Baú: o Sílvio é um Santo.






Juro que eu queria escrever sobre outra coisa. Uma banda tosca (lê-se Restart), uma palhaçada televisiva qualquer (lê-se qualquer programa da TV aberta). Mas com Sílvio Santos à bancarrota e coreano se matando, me senti mal em escrever besteira sobre besteiras e resolvi por bem adiar o post ameno. Não que esse aqui vá ter menos besteira. Mas é besteira semi-jornalística e pega bem.

Todo dia leio alguma besteira sobre o Sílvio e o banco das américas dele. Li hoje que ele admitiu, em rede nacional, que está pendurado. Li também que o buraco de R$2,5 bilhões no Banco Panamericano foi descoberto pelo BC ao cruzar informações de carteiras de crédito vendidas com as carteiras de crédito dos compradores, que mesmo vendidas, não saíram do balanço do banco, o que engordava erroneamente os resultados. Olha, na minha opinião, o Sílvio não tem culpa nenhuma de nada, coitado. E camelô sabe lá dirigir banco? Não, né. Nem contratar contador. Deve ter contratado um ex-camelô que fez curso de contabilidade à distância e achou que não tinha problema nenhum maquiar balanço. Que é para ficar mais bonito, Seu Sílvio. E o Sílvio concordou.

Agora, será que a presidente da Caixa Econômica também era camelô? A moça que trabalha lá em casa acha que sim. E hoje, lendo uma matéria do O Dia, sabe que eu também tô achando? A matéria dizia que, quando a Caixa comprou as ações do Panamericano em 2009, o banco valia R$2,1 bilhões na Bolsa, e que, na semana passada, o valor de mercado era de R$1,2 bilhão. E a diferença, Maria Fernanda? A gente ganha em telesena?

Não consideramos que perdemos, não compramos como especulador, daqueles que compram na baixa para vender na alta, disse a presidente. Ainda bem, né?  Disse, ainda, que os estudos feitos pela Caixa apontavam que o PanAmericano era a instituição que mais atendia às demandas internas. Demanda de que? De telesena?

Agora, Maria Fernanda, não tem mais telesena, nem felicidade, nem nada. Que o SBT e o Baú viraram garantia. E aí?  Faz o quê?  Vamos sortear o Sílvio como ganhador da próxima mega-sena acumulada? A repartição-camelô responsável pelos jogos de loteria da Caixa fez um estudo e aprovou. E o Lula, com certeza, vai adorar a idéia. Que o Sílvio, ah, o Sílvio merece!

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